sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Redações Premiadas


 PESSOAS DIFERENTES... MAS QUE FAZEM A DIFERENÇA


1° lugar: Gabrieli de Vargas Correa da E.M.E.F. Presidente Getúlio Vargas

Tenho uma tia que tem 4 filhos deficientes, sendo que um deles faleceu.
Para muitas pessoas, essas crianças são completamente excluídas. Eles precisam de cuidados especiais como: trocar a fralda, ajuda na alimentação e muitos outros cuidados que só bebê tem.
Eu admiro muito minha tia, pois ela é uma pessoa comum, e sempre está de bem com a vida.
Têm pessoas que não entendem que eles amam tanto quanto uma pessoa normal, que têm sentimentos, tanto quanto todo mundo.
E por serem daquele jeito que não caminham, não falam, não enxergam, eles podem ser excluídos.
Minha tia é batalhadora, e faz tudo por eles.
Quando seu filho morreu era como se tivesse tirado parte dela. Mas todos nós se conformamos porque sabíamos que ele foi para um lugar sem sofrimentos, ele foi a caminho de Deus.
Essas crianças são mil vezes mais abençoadas que nós, porque eles não pecam, eles são puros. E ninguém tem o direito de discriminá-los.
Nos da família tratamos eles como pessoas normais, a diferença é que precisam de cuidados especiais. Essas pequenas crianças, amam, choram, sofrem, sentem dor... como qualquer outra pessoa.


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A SURPRESSA DE NOVE MESES

2° lugar: Simone da Silva Moura da E.M.E.F. Presidente Getúlio Vargas

Naquela época eu era praticamente uma criança, tinha 13 anos quando conheci meu primeiro namorado, tão criança sonhava com o primeiro amor, achava que era tudo um conto de fadas.
Namorei 11 meses e achava que era a hora de me casar. Tão jovem não tinha experiência de vida, era um novo começo pra mim. A convivência a dois cada dia se tornava uma novidade, novas responsabilidades, novas mudanças, tanto no corpo no corpo como na mente.
Meus pais adoravam essa idéia, e um dizia para o outro:
- Bom! Nossa filha já está casada, e o melhor com seu primeiro namorado, e ainda continua estudando.
Isso foi no começo, depois de uns quatro meses a convivência e as dificuldades começaram a mudar meus pensamentos, o que era um conto de fadas começou a se desfazer.
Meu esposo não queria que eu estudasse mais e dizia que uma mulher tinha que obedecer seu marido. Depois disso, as dúvidas começaram a entrar no meu coração e na mente.
Parei de estudar e comecei a me dedicar a ele e aos meus pais. Passado alguns meses começou outra realidade para mim, tão jovem. Com quatorze anos comecei a notar novas mudanças no meu corpo.
Eu notava que os meus seios cresciam, o lado emocional ficou mais sensível, enfim várias mudanças começaram acontecer.
Comentei com minha mãe das repentinas mudanças ela me deu uma expectativa, disse eu poderia estar criando uma nova vida dentro de mim.
Fiquei pensativa e me perguntava como eu vou criar? Como vou me comportar como mãe aos 14 anos?
Bom, achei melhor fazer um exame de sangue e enquanto não veio a certeza as horas não passavam.
Vendo o exame, só confirmou o que eu tinha certeza. A alegria tomou conta dos meus pais e do meu esposo. Porém, eu fiquei feliz mas ao mesmo tempo parei para pensar.
Bom, agora é hora de amadurecer, com o decorrer do tempo cada consulta do pré-natal, cada roupinha que eu comprava era uma tremenda emoção, eu fazia questão de mostrar que eu seria mãe, mesmo eu sendo tão nova.
A barriga foi crescendo, eu comecei a sentir os movimentos, os chutes e ficava na expectativa de conhecer aquele pequeno ser que seria a única coisa minha.
Mas tinha outra ansiedade que me consumia, a vontade de saber se era menina ou menino. Com 7 meses fiz um ultra-som e a novidade é um menino, a alegria foi maior ainda pois na minha família só tem meninas.
Se aproximava da hora mais esperada, hora de ir para  o hospital, chegando lá a ansiedade aumentava entre uma dor e outra a expectativa de uma nova realidade. Era exatamente 12h 15 min quando a emoção saiu por completo, entre uma lágrima a vontade de beijar meu filhinho e ver se era perfeito e chama-lo pelo nome, Diogo.
Passando o tempo eu ia ensinando e aprendendo entre a primeira dor de barriga até o primeiro sorriso, as primeiras palavras, primeiros passos independentes, o amor e vontade de viver aumentavam.
Passando o tempo a emoção do meu esposo começou a diminuir como pai, quando Diogo tinha 3 anos ele disse que era hora de viver sua vida.
Deixou eu e meu filho. Nos primeiros dias eu achava que não tinha capacidade de criar meu filhinho. Entre um choro e outro chamando pelo pai, eu aprendi a ser mulher e mãe de verdade.
Entre uma dificuldade e outra eu me encontrei com meu verdadeiro amor e pai de coração do meu filho.
Hoje tenho 20 anos meu filho tem 5, voltei a estudar, trabalho fora, sou dona de casa, acima de tudo sou mãe, esposa e adoro a Deus.

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PESSOAS COMUNS, HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS

3° lugar:  Luana Raiter da E.M.E.F. Antonieta Gindri Reghelin

Entre milhares de pessoas que estão ao seu redor no mínimo uma terá uma grande história para lhe contar.
Esta história pode ser assustadora, divertida, mas você costuma prestar muita atenção na maioria das vezes.
Essa história na verdade é contada não apenas por uma pessoa, mas sim por várias pessoas.
A história que eu estou querendo contar é sobre uma escola que entre as outras é tão pequena e parece nem ter dado trabalho para construí-la e organizá-la.
Esta é a Escola Municipal de Ensino Fundamental Antonieta Gindri Reghelin.
Ela foi inaugurada no dia 29 de setembro de 1972, cujo terreno foi doado pelo senhor João Crivellaro.
Mas, na verdade esse senhor não ganhou seu nome em nada, o nome da escola é devido a mãe do prefeito da época, Ervandil Reghelin.
Não achei muito justo, pois esse senhor merecia no mínimo uma homenagem, pois ele teve um grande gesto de humildade em doar seu terreno que na verdade poderia lhe servir para muitas outras coisas.
Por isso, devemos a ele um muito obrigado. E hoje essa escola é comandada por um grupo de pessoas que fazem de tudo para que essa escola sempre esteja progredindo para frente e que fique marcada na história das boas escolas para sempre.


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