Ex-governador da aula inaugural da IV Oficina Conceitual da FDRH

Foto: Daiane Evangelista/FDRH

Ex-governador fala sobre o Estado, o servidor e o serviço o público na FDRH

Representantes das instituições parceiras da Rede Escola de Governo e de cerca de 20 secretarias e órgãos do Estado lotaram o auditório da FDRH na tarde de quarta-feira, 14, para assistir a oficina ministrada pelo ex-governador Olívio Dutra. A IV Oficina Conceitual abordou o tema “O Estado, o servidor e o serviço público”. A atividade faz parte das ações que constituem a Rede Escola de Governo (REG), rede articulada entre o Governo do Estado, através da FDRH, e 25 instituições de ensino superior gaúchas.

Com uma trajetória que iniciou como servidor público e dirigente sindical e alcançou cargos públicos como prefeito, governador e ministro, Olívio, com a autoridade de quem já dirigiu o Rio Grande, falou sobre suas experiências e sobre sua concepção de Estado. “O Estado (nação) brasileiro tem funcionado muito bem, desde que o Brasil foi descoberto, para atender os direitos de muito poucos. E tem funcionado muito mal, às vezes nem funciona, para atender os interesses da população.” Em sua fala reiterou diversas vezes que é preciso manter o poder da indignação. “O país não sabe como os ricos vivem, se soubéssemos não ficaríamos assim, sem nos mexermos”.

Para Olívio Dutra é fundamental que exista uma carreira pública consolidada para o trabalhador do serviço público. “As promoções não podem depender dos poderosos de ocasião para acontecerem. O Estado democrático tem que ter instituições como essa (FDRH) funcionando plenamente, e não sendo desconstituídas, trabalhando pela qualificação dos nossos servidores”.

Olívio salientou que antes de qualquer coisa, o servidor é um cidadão, que tem demandas fundamentais de moradia, mobilidade urbana, infraestrutura e saúde, por exemplo. São cidadãos com as mesmas necessidades do povo brasileiro e que, contudo, precisam atender bem a população que demanda os serviços do Estado.

O objetivo da REG é estabelecer um processo continuo de formação dos servidores públicos e dos agentes sociais, reunindo o acúmulo de saberes e pesquisa das universidades a fim de vencer os desafios propostos pelo Estado, nos mais diferentes temas estratégicos, enriquecendo a gestão pública. Entre outubro e março de 2012 iniciam cerca de 85 ações formativas, entre cursos de especialização, extensão e seminários.